O professor Adilson de Paula Almeida Aguiar trabalhou entre os dias 24 e 27 de janeiro de 2023 no Estado do Mato Grosso do Sul no projeto da empresa BRPEC, localizada no município de Miranda. Este foi o primeiro trabalho de 2023.
“É um projeto de integração lavoura/pecuária (ILP). Na safra 2020/2021 foram cultivados 4.729 ha de soja na primeira safra e a produtividade média foi de 59,8 sacas/ha. Na safra 2021/2022 foram cultivados 4.919 ha de soja na primeira safra e a produtividade média foi de 31 sacas/ha (640 mm a menos de precipitação). Em sucessão à soja foi semeado B. ruziziensis em 3.653 ha. Nesta safra 2022/2023 estão sendo cultivados 4.010 ha com soja e em sucessão será plantado B. ruziziensis em sobressemeadura no final do ciclo da soja e milho para a produção de grãos. Ainda estão sendo cultivadas áreas com milho (159 ha) e sorgo (510 ha) para a produção de grãos”, afirma Aguiar.
Na pecuária a BRPEC possui dois projetos, um de melhoramento genético da raça Nelore, e outro de produção de carne. No ano safra 2021/2022 foram 18.000 fêmeas na estação reprodutiva.
Na safra 2020/2021 a forragem de capins Mombaça e Zuri foi ensilada em 835 ha com produtividade média de 23,8 t/ha de matéria natural em um corte. Na safra 2021/2022 a forragem de capim Mombaça e Zuri foi ensilada em 568 ha com produtividade média de 5.04 t de matéria seca/ha. Esta silagem foi para atender a suplementação de animais de recria que foram confinados no período de transição seca/chuva. Nesta safra 2022/2023 não está sendo produzida silagem de capim porque tem um estoque de passagem de 14.800 t.
A BRPEC tem um confinamento estático para 18.751 animais, mas nos dias da minha visita os currais estavam vazios e todo o rebanho estava em pasto.
“A área de pastagem atual está dividida em 425 piquetes. Nos períodos chuvosos 2019/2020 e 2020/2021 a área de pastagem foi expandida com o estabelecimento de 5.775 ha. Para a safra 2021/2022 estava planejada a expansão de mais 1.851 ha de pastagens, mas pelo efeito do ano, com chuvas muito abaixo da média e irregulares foram expandidos apenas 926 ha”, destaca Adilson.
Já é o quarto ano safra chovendo abaixo da média histórica que é de 1.318 mm (média de 102 anos). Nas safras 18/19, 19/20, 20/21 e 21/22 os acumulados ficaram em 1.208, 926, 983 e 679 mm, respectivamente e com alta irregularidade (111 mm a menos na safra 2018/19, 393 mm a menos na safra 2019/20, menos 336 mm a menos na safra 2020/2021 e 640 mm a menos na safra 2021/2022).
Nesta safra 2022/2023 está planejado expandir a área de pastagens em mais 1.221 ha. Até os dias da visita do professor Adilson Aguiar havia sido plantado 886 ha.
A área total da propriedade soma 132.353 hectares, dos quais 31.675 hectares são de preservação ambiental, entre reserva legal e área de preservação permanente e 99.170 são úteis, descontando as áreas ocupadas com benfeitorias e edificações. Destes 99.170 ha, 55.000 ha são de bioma pantanal. E dos 44.170 ha de parte alta atualmente apenas 12.470 ha estão efetivamente empastados.
Em outubro de 2018 o professor Adilson esteve na BRPEC para concluir o inventário de recursos que teve início com a equipe da empresa enviando dados e informações solicitadas. Com base neste inventário, o professor Adilson Aguiar emitiu um diagnóstico da situação atual àquela época e do potencial do projeto. Em maio de 2019 o professor Adilson iniciou o trabalho de rotina de consultoria.
Esta 10ª etapa de trabalho do professor Adilson já fez parte do programa de acompanhamento da execução do projeto com orientações sobre escolha de espécies forrageiras para o estabelecimento de pastagens perenes; os procedimentos para o estabelecimento de pastagens; o manejo de fertilidade de solo para o estabelecimento da pastagem; o manejo e o controle de plantas infestantes e insetos pragas; a integração lavoura/pecuária; a produção e uso do esterco do confinamento; a intensificação da produção das pastagens.
A missão da empresa com este projeto é desenvolver um projeto de produção de grãos e carne bovina de alta qualidade, baseado nas quatro dimensões da sustentabilidade: técnica, econômica, social e ambiental.
O projeto está sob a gerência de Antônio Aurico, e tem como encarregado de agricultura o engenheiro agrônomo Renan Marcos, como encarregado de pecuária Bruno Fernandes e como encarregado de confinamento Genivaldo Jara.
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