Manejo técnico e planejamento de longo prazo impulsionam evolução da Fazenda Cibrapa

Entre os dias 13 e 17 de outubro de 2025, o professor Adilson Aguiar esteve pela 12ª vez na Fazenda Cibrapa, da CARPA, localizada no município de Barra do Garças, no estado do Mato Grosso. Esta foi sua quarta visita apenas no ano de 2025, dentro da terceira etapa do programa de consultoria que oferece por meio de sua empresa, a CONSUPEC: o acompanhamento da execução do planejado.

O projeto de consultoria na Fazenda Cibrapa teve início em julho de 2021. Naquele período, entre os dias 28 de junho e 2 de julho, foram realizadas as duas primeiras etapas do programa. “A primeira etapa consistiu na elaboração de um inventário completo dos recursos da propriedade, incluindo dados climáticos, características dos solos, histórico de uso da terra, infraestrutura disponível, composição do rebanho, pastagens, equipe de trabalho, condições da região, além dos objetivos e metas do empreendimento. A segunda etapa foi dedicada à emissão de um diagnóstico técnico, a partir desse inventário, identificando a situação atual e o potencial produtivo da fazenda”, explica Aguiar.

Desde então, o trabalho do professor Adilson vem se concentrando no manejo de pastagens e no planejamento alimentar do rebanho, com foco no cumprimento das metas definidas pela CARPA. A evolução da área cultivada e da estrutura produtiva comprova os avanços técnicos alcançados. Na safra 2020/2021, a Fazenda Cibrapa operava com 10.055 hectares de pastagens e 3.341 hectares de lavoura de soja, sustentando um rebanho de 20.000 cabeças. Já na safra 2024/2025, os números mostram um reequilíbrio entre agricultura e pecuária: 9.296 hectares de pastagens, 4.100 hectares de soja e 19.500 cabeças.

Para a safra 2029/2030, o planejamento prevê uma reestruturação ainda mais robusta. Estão projetados 6.000 hectares de pastagens e 7.379 hectares de soja, com o rebanho aumentando para 23.000 cabeças – o que representa 15.550 unidades animais (UA). Segundo o professor Adilson, isso significará um expressivo salto nas taxas de lotação: de 1,99 cabeça/ha e 1,35 UA/ha na safra 2020/2021, para 2,1 cabeças/ha e 1,42 UA/ha em 2024/2025, e finalmente, 3,83 cabeças/ha e 2,60 UA/ha em 2029/2030.

Para alcançar essas metas com eficiência e sustentabilidade, o professor tem orientado uma série de medidas técnicas estratégicas. Entre elas, estão a escolha de espécies forrageiras adaptadas para renovação de pastagens e produção de volumosos suplementares (como feno e silagem), o correto estabelecimento de novas áreas de pastagem, os ajustes na infraestrutura de modulação para pastoreio rotacionado, o manejo adequado do pastejo, o controle técnico de plantas daninhas e insetos pragas, além da correção e adubação dos solos. Outro ponto importante é a adoção do sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), com o uso de pastagens de inverno, que contribui para a sustentabilidade do sistema produtivo.

Como parte integrante do programa, o professor Adilson também promove treinamentos presenciais com a equipe de campo – envolvendo capatazes, peões, vaqueiros e técnicos da fazenda. Nesta última etapa, o foco do treinamento foi o manejo do pastoreio e as estratégias de controle de pragas e plantas daninhas durante o período de transição entre a estação seca e o início das chuvas, momento crítico para o desempenho das pastagens e a saúde do rebanho.

A continuidade desse trabalho técnico, embasado em planejamento, diagnóstico e execução acompanhada, tem permitido à Fazenda Cibrapa avançar de forma sólida em direção a um modelo produtivo mais eficiente, tecnificado e sustentável – um exemplo de gestão pecuária de alto desempenho no Cerrado brasileiro.

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