Sob orientação do professor Adilson Aguiar, Fazenda Garrote cresce 581% em taxa de lotação

Propriedades assistidas atingem capacidade máxima de confinamento

Entre os dias 2 e 4 de setembro de 2025, o professor Adilson Aguiar esteve no estado de Goiás prestando consultoria técnica para a ZGAgro. Nos dias 2 e 3, o trabalho ocorreu na Fazenda Garrote, em Britânia, e nos dias 3 e 4, na Fazenda Estacas, em Jaraguá, e na Fazenda Roque, em Itaberaí.

Adilson iniciou sua atuação junto à ZGAgro em agosto de 2016. “Naquela época, nós fizemos um inventário completo dos recursos das fazendas e elaboramos um diagnóstico preciso da situação em que cada propriedade se encontrava. Esse foi o ponto de partida para construir um planejamento sólido, baseado no potencial produtivo de cada ambiente”, relembra Adilson.

Fazenda Garrote: salto de produtividade
Em novembro de 2016, quando o professor iniciou o acompanhamento da Fazenda Garrote, o rebanho era de 1.287 cabeças em 2.942 hectares, com taxa de lotação de 0,44 cabeça/ha.

Já em 2024 e 2025, praticamente nove anos após o início do trabalho e após a expansão da área para 3.666 hectares (a partir de julho de 2019), o rebanho médio alcançou 11.121 cabeças, com taxa de 3,00 cabeças/ha e 2,3 UA/ha — um crescimento de 581%.

O ganho médio diário (GMD) foi de 0,69 kg/dia, com predominância de machos inteiros suplementados entre 0,3% e 0,5% do peso corporal. A produtividade média chegou a 32,7 arrobas/ha/ano.

A fazenda dispõe ainda de um confinamento com capacidade estática para 4.500 animais de recria ou 3.600 de engorda, que estava em capacidade máxima durante a visita, nos dias 2 e 3 de setembro de 2025.

Fazenda Estacas: intensificação das pastagens
A intensificação das pastagens da Fazenda Estacas teve início na safra 2022/2023, com adoção do pastoreio de lotação alternada e uso de adubação orgânica com composto proveniente do esterco do confinamento.

Dos 1.564 hectares de área útil, 1.260 foram intensificados. Os 280 hectares restantes não recebem adubação devido ao relevo não mecanizável.

Em 2023, a fazenda sustentou 4.302 novilhas, com taxa de lotação de 2,8 cabeças/ha e 2,0 UA/ha. Já em 2024 e 2025, as pastagens mantiveram em média 6.188 animais, com taxa de 4,0 cabeças/ha e 2,7 UA/ha. O GMD foi de 0,56 kg/dia, com predominância de fêmeas suplementadas, e a produtividade atingiu 27,4 arrobas/ha/ano.

A fazenda conta ainda com um confinamento para 9.500 animais estáticos, que operava em carga máxima nos dias 3 e 4 de setembro de 2025.

Fazenda Roque: apoio na terminação
Complementando o sistema, a Fazenda Roque atua na terminação dos animais recriados em pasto nas outras unidades. A estrutura de confinamento comporta 1.800 animais estáticos e, assim como as demais, também estava com capacidade total no dia 4 de setembro de 2025.

Os números alcançados nas fazendas Garrote, Estacas e Roque refletem um trabalho consistente de nove anos de acompanhamento técnico. Mais que indicadores de desempenho, eles mostram que a aplicação de conhecimento científico, quando associada ao manejo prático e à dedicação das equipes, transforma propriedades em referências de produtividade e sustentabilidade. “Esses resultados são fruto de uma parceria duradoura entre consultoria, fazendas e equipes de campo. Quando todos caminham na mesma direção, a pecuária se torna uma atividade altamente competitiva, sustentável e inspiradora para o setor”, conclui o professor Adilson Aguiar.

Os objetivos que norteiam o projeto
Desde o início, os trabalhos de Adilson tiveram como foco orientar as propriedades em aspectos que vão além do manejo de pasto. Entre os objetivos estão:

  • Implantar o projeto-piloto de produção intensiva de recria de bovinos de corte em pasto;
  • Implantar o projeto de produção extensiva de recria de bovinos de corte em pasto, com foco em eficiência sem custos adicionais;
  • Treinar as equipes para implantação e execução dos projetos;
  • Orientar o manejo do pastoreio, controle de pragas e plantas daninhas;
  • Modular as pastagens (estruturação de piquetes e módulos);
  • Definir a estrutura de cochos para suplementação;
  • Indicar a compra de máquinas para abastecimento de cochos e distribuição de composto orgânico;
  • Desenvolver programas de controle de indicadores técnicos e econômicos;
  • Implantar projetos de confinamento na transição seca/águas;
  • Estabelecer procedimentos de ensilagem;
  • Promover o uso de esterco e composto de confinamento para adubação;
  • Fornecer esclarecimentos técnicos e orientações gerais.

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