Entre os dias 19 e 23 de agosto de 2025, o professor Adilson Aguiar e o zootecnista Juliano Ricardo Resende estiveram no Estado da Bahia, acompanhando o desenvolvimento da Agropecuária Pontal. Os conjuntos de fazendas da empresa estão concentrados nos municípios de Gongogi, Itagibá, Itapitanga e Barra do Rocha, no sul do Estado.
A parceria começou em dezembro de 2005, quando, por indicação do professor Adilson, Juliano realizou o inventário de recursos para emissão de um diagnóstico. Desde então, Juliano atua no projeto de quatro a seis vezes por ano, enquanto o professor Adilson retorna a cada dois anos.
Crescimento impressionante em duas décadas
No diagnóstico inicial, a Agropecuária Pontal possuía 1.400 hectares de área útil de pastagens e 1.600 animais. Após a estação de nascimento de 2025, a realidade é muito diferente: o rebanho chegará a 33.000 animais em 13.406 hectares de área útil, com 15.000 fêmeas em idade reprodutiva e aproximadamente 7.500 transferências de embriões por ano.
Na safra 2024/2025, a produtividade média foi de 13 @/ha/ano, com lucro operacional de R$ 937/ha/ano. Essa performance inclui 200 hectares de pivôs centrais destinados à produção de silagem de planta inteira de milho e milho grão, além de um confinamento estático para 6.000 animais, em operação contínua nos 12 meses do ano.
Para o professor Adilson Aguiar, os números são reflexo de visão de longo prazo. “Em 2005, quando começamos o trabalho, o potencial era evidente, mas havia muito a ser estruturado. O que vemos hoje é fruto de planejamento estratégico, tecnologia e persistência ao longo dos anos”.
Ciclo completo
Entre 2005 e 2015, a principal atividade da Pontal era a recria e engorda. A partir de 2015, com orientação dos consultores, foi implantado o ciclo completo (cria, recria e engorda). Dois anos depois, em 2017, 600 fêmeas foram cadastradas no programa de melhoramento genético PAINT, número que atualmente alcança 15.000 matrizes.
As fêmeas não inseridas no PAINT são inseminadas com sêmen de touros Angus, enquanto animais Nelore não selecionados para touros são destinados a frigoríficos, com 22 arrobas em média aos 20 meses de idade, atingindo 57% de rendimento de carcaça.
Segundo Adilson, esse salto de qualidade veio da aposta em genética. “A pecuária deixou de ser apenas quantidade. Hoje falamos em eficiência, qualidade de carcaça e sustentabilidade econômica. A genética tem sido um divisor de águas para esse resultado”.
Novo desafio: Nelore PO e PMGZ
Em 2025, a Agropecuária Pontal deu início ao melhoramento genético da raça Nelore PO (Puro de Origem), aderindo ao PMGZ da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu). Atualmente, mais de 2.000 fêmeas já foram registradas no Programa de Avaliação (PA) da entidade, e a empresa também investe fortemente na compra de animais e embriões PO.
As metas são ousadas:
– Comercializar mais de 1.000 touros CEIP e PO a partir de 2028/2029;
– Chegar a 1.500 touros comercializados em 2029/2030.
Competitividade acima da média nacional
Comparando os resultados da Pontal com referências de empresas e instituições renomadas no setor pecuário brasileiro, os consultores concluíram que os indicadores técnicos e econômicos da Agropecuária Pontal estão entre os mais competitivos do país. “A Pontal é um exemplo claro de que conhecimento e gestão transformam realidades. O que vemos no sul da Bahia é uma pecuária moderna, rentável e preparada para o futuro”, concluiu o professor Adilson Aguiar.














