O professor Adilson Aguiar esteve entre os dias 05 e 08 de maio de 2025 em trabalho nas Fazendas Fortaleza de Santa Terezinha, localizada no município de Jequitaí, e nas Fazendas Santa Mônica e Santa Terezinha, no município de São João da Ponte, ambas no norte de Minas Gerais. As propriedades integram o projeto da marca Cara Preta, um modelo referência em sistemas agropecuários integrados.
A atuação do professor Adilson nesse projeto teve início em setembro de 2019, com a realização das duas primeiras etapas do seu programa de consultoria: o inventário de recursos e, em seguida, a emissão do diagnóstico técnico. A partir de dezembro de 2019, teve início a terceira etapa — o acompanhamento técnico contínuo — que se mantém até o presente momento, com visitas periódicas às propriedades.
Fazenda Fortaleza de Santa Terezinha – Jequitaí (MG)
Nos dias 05 e 06 de maio, o trabalho foi conduzido na Fazenda Fortaleza de Santa Terezinha, que possui 4.914 hectares de área útil, sendo:
- 4.527 ha de pastagens extensivas, cultivadas com os capins Andropogon e as Braquiárias Bengo, Decumbens, Humidicola e Marandu;
- 96 ha de capineiras de capim Mombaça, em regime de sequeiro;
- 317 ha irrigados por pivôs centrais, voltados à produção de milho (grãos, silagens de planta inteira e toplage) e soja grão.
“A fazenda conta com um sistema de confinamento com capacidade estática para 20.000 cabeças. Na data da visita, estavam em pastagens 5.889 animais e 2.870 em regime de confinamento. O rebanho inclui 5.500 fêmeas em idade reprodutiva”, explica o professor.
Fazendas Santa Mônica e Santa Terezinha – São João da Ponte (MG)
Nos dias 07 e 08 de maio, o professor Adilson esteve nas Fazendas Santa Mônica e Santa Terezinha. A Fazenda Santa Mônica possui 8.239,8 hectares de área total, com 5.989,8 hectares de área útil, distribuídos da seguinte forma:
- 1.500 ha de pastagens extensivas em sequeiro, cultivadas com capins Andropogon, Buffel e Urochloa;
- 1.900 ha de capineiras em sequeiro, cultivadas com capim Mombaça, destinadas à produção de silagem;
- 2.300 ha irrigados por pivôs centrais, para o cultivo de milho (grãos, silagem e toplage) e soja grão.
“Atualmente, a fazenda realiza o abate de 48.000 bovinos por ano para o programa Cara Preta. As pastagens são utilizadas apenas durante o período chuvoso, com fêmeas em final de gestação e pós-parto. Todas as demais categorias permanecem em confinamento o ano inteiro e, durante a seca, o rebanho total é mantido em confinamento”, completa Aguiar.
Diversificação com ovinos e piscicultura na Fazenda Santa Terezinha
A Fazenda Santa Terezinha, além das áreas de cultivo de milho e soja em 287 ha irrigados, abriga um rebanho de 24.000 ovinos da raça Dorper, sendo 15.000 ovelhas em reprodução, destinadas à produção de carne premium ovina da marca Cara Preta.
A propriedade também conta com 27 hectares de tanques de piscicultura, voltados à produção de filés de tilápia, igualmente destinados ao mercado premium. Ambos os produtos são processados em frigoríficos instalados dentro da própria fazenda, o que permite maior controle de qualidade e eficiência logística.
O projeto de ovinos também dispõe de 101 hectares de pastagens irrigadas — com pivô central e aspersão em malha — cultivadas com capim Tifton 85, garantindo forragem de alta qualidade para o sistema produtivo.
Atuação técnica especializada
No projeto Cara Preta, o professor Adilson Aguiar é responsável pela orientação técnica estratégica nas seguintes áreas:
- Escolha de espécies forrageiras adequadas a cada sistema produtivo;
- Estabelecimento de pastagens e manejo do pastoreio;
- Controle de plantas daninhas e pragas;
- Correção e adubação de solos voltados tanto às pastagens quanto à produção de silagem.
“O projeto é reconhecido por sua integração produtiva (bovinocultura, ovinocultura, piscicultura, agricultura e agroindústria) e por seu compromisso com a sustentabilidade. Toda a energia utilizada nas fazendas é gerada por biodigestores, e os dejetos animais são transformados em composto orgânico, utilizado na adubação dos solos, promovendo eficiência ambiental e produtividade de forma integrada”, finaliza Adilson.














